um colapso quando senti uma mão tocar no meu ombro, e ao me virar, me deparei com a criança que um dia eu fui, ela me entregou um pincel me reconectando com o meu mundo da imaginação, o meu mundo Nanquim e ali prometi nunca mais abandoná-los.   

   Eu acreditei que a solução era voltar a desenhar, então me dediquei muito, fiz diverso cursos, faculdade de design gráfico, treinei dias e noites para me tornar uma ilustradora e designer especialista em literatura e hq infantil e infantojuvenil. Todo esse esforço me causou algumas doenças, mas nada que me fizesse desistir. Até eu me deparar novamente com a depressão e sem eu perceber minha vida já estava perdendo o sentido de novo.

   Dessa vez agi mais rápido, lembrei da promessa que fiz a minha criança e busquei entender o porque estava passando por isso novamente. Com alguns meses de reflexões eu compreendi que não era os desenhos, o meu propósito não é desenhar. Cada vez que compartilhava minhas criações, a verdadeira satisfação surgia quando via o brilho nos olhos das pessoas, encantando-as.

   Foram as pessoas ao meu redor que me motivaram a seguir em frente, minha família, amigas e colegas de profissão que sempre me incentivaram. As escritoras que confiaram seus sonhos a mim, meu professor Ivan Querino, que acreditou em meu potencial e me mostrou o melhor caminho. E, é claro, a Nanquim e meu mundo de imaginação, que permaneceram vivos dentro de mim ao longo de todos esses anos.

   Agora compreendo que o meu propósito é mostrar o quão encantadora a vida é e que podemos viver os nossos melhores valores agora, aqui, usando a imaginação e a criatividade para realizar os nossos sonhos e também quero inspirar as futuras gerações para continuarem a tornar o mundo cada vez mais encantador!